terça-feira, 22 de novembro de 2011

Chegando em Havana - 18 de novembro

Iniciando o repasse internacional, começamos com a chegada em Havana na tarde do dia 18/11, após mais de 12 horas de viagem no famosa e sofrida Copa Airlines, com direito a conexão na Cidade do Panamá.
Nosso grupo é composto por 10 Médicos de Família brasileiros - Wal, Mara, Victor, Lara, Érica, David, Nicole, Ari, Pedralva, Maria e Priscila. A maioria deles residentes de medicina de família e comunidade. Resta ainda Bruno Pedralva, que chegará no próximo domingo a Havana.
Montamos nossa estadia nos alojamentos da ENSAP(Escuela Nacional de Salud Publica) e fizemos uma revisão da programação do curso "La Atención Primaria de Salud e Medicina Familiar de Cuba". Rodaremos em toda a rede de saúde de Havana e arredores e vivenciaremos o cotidiano de trabalho de diversos Médicos de Família de Cuba.
A primeira impressão sobre o local é emocionante - não existe poluição visual em Havana, não há Outdoors com frases apelativas(3 VEZES SEM JUROS, COMPRE AGORA!, VOCÊ NÃO PODE PERDER!, ETC...) nem grandes empresas nas ruas, apenas alguns painés com mensagens revolucionárias - estimulando a Saúde e Educação, a participação da luta do povo pelos mais humildes ("Revolución de humildes para humildes. E assí constroe-se la dignidad"). As estradas são muito bem conservadas e o policiamento é rígido no trânsito ---muito diferente da nossa lastimável SETI.
O que choca os turistas são os carros velhos. Muitos Ladas, Maverricks e Opalas, muitos carros dos anos 70, não há renovação alguma da frota. Vi no meu trajeto cerca de 5 carros quebrando no caminho. Mas não achei que isso dificulta o deslocamento das pessoas, os ônibus funcionam regularmente e com boa frota, muita gente dá carona um aos outros e o risco de assaltos é quase nulo.
A segurança da cidade é impressionante: as professoras do curso estimulam os alunos a irem pra rua, inclusive mais tarde, sem risco de assalto. Isso pra uma cidade de 2 milhões de habitantes! Não fomos abordados por pedintes e não nos sentimos ameaçados em nenhum momento, mesmo andando em lugares mais afastados.
A expectativa já está enorme! A sensação que temos é de que o país é pobre, mas optou por uma forma de distribuição de sua riqueza, alimentos e serviços que beneficiasse a maioria das pessoas e alcançou assim um nível de desenvolvimento enorme. Imaginamos como o Brasil poderia ter rumos diferentes caso optasse pela mesma linha - um país rico em minérios, energia, alimentos, terras e petróleo.

Veremos mais cenas nos proximos capítulos... rsss
e hasta avante!

Wal

Um comentário:

  1. Massa companheiros,

    Estou aqui acompanhando os relatos, por acreditar em Cuba, na revolução socialista, nos companheiros baianos, médicos de Maragogipe. Coloquem relatos minuciosos, fotos, etc. Quero fazer esta viagem qualquer dia deste.
    Já combinei com Victor um debate no retorno.

    Abraços,

    WEBSTER

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